A Vida na Escola...

... já não é uma tarefa fácil para as crianças sem restrições alimentícias, imaginem então para que as têm, e baseadas em dois preceitos, um de saúde e outro de filosofia... Aí então a coisa fica meio braba, mas como eu já comentei aqui antes, nada é impossível!


Como mãe de uma menina de 8 anos Vegana e Celíaca (é ela mesma na foto, comendo um pêssego que mal cabia em suas mãozinhas, com 1 ano e 8 meses), devo dizer que o aprendizado com relação à nova condição de glúten free tem sido muito interessante. Aliás, muito mais interessante do que problemática, devo dizer. Mas tudo isso tem um porquê!

Desde que decidimos que criaríamos a nossa filha no Veganismo, como já era nosso estilo de vida, sabíamos das dificuldades que ela enfrentaria, principalmente no ambiente escolar. E foi justamente por isso que decidimos criá-la com consciência das coisas. Ela sabe que não deve comer alimentos de origem animal porque é cruel, porque causa dano a outros seres, e além disso, porque o organismo não está estruturado fisiologicamente para isso e por isso faz mal, e muito! Decidimos conscientizá-la desde pequenina com argumentos concretos e sem fanatismos, o que resultou em uma educação sábia, sendo ela hoje uma criança que sabe dizer não (e porque não) aos alimentos de origem animal.

Mas eis que juntamente a esta questão filosófica, tivemos que unir a questão da saúde: a Condição Celíaca que ela herdou de alguém, da minha família ou do pai, não sabemos. E a partir de então, a conscientização do que pode, não pode, do que deve, não deve, tem sido ainda maior, principalmente porque a questão Celíaca não se resume unicamente aos alimentos.

É sabido que o glúten está presente em vários instrumentos de trabalho nas escolas: o giz, a massinha de modelar são apenas alguns exemplos. Além disso, há a questão dos amiguinhos que, muitas vezes, insistem em trocar os lanchinhos - o que para o Celíaco pode ser fatal. Então o que fazer? Simples! É só educar o seu filho em casa, que ele saberá exatamente o que fazer na rua. Hoje minha filha me diz que eu posso confiar nela, que não preciso avisar à professora, ou aos amiguinhos para terem cuidados especiais com sua condição, pois ela mesma já tem consciência total e plena do que pode e do que não pode e, nas palavrinhas dela mesmo: "você acha que eu sou doida de colocar na boca uma coisa que pode me matar?"... Pois é, gente! Educar não é somente ensinar a contar e a ler, é ensinar o que é certo e o que é errado com exemplos claros que possam ser compreendidos pela cabecinha das crianças e com argumentos concretos...

Boa sorte a todos!

Namastê! __/\__


por Carmem L Vilanova

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